Público chama Moraes de “assassino” durante manifestação na Paulista

SILAS MALAFAIA CHAMA MORAES DE DITADOR E CRITICA DIREITA PROSTITUTA EM ATO PRO BOLSONARO - METRÓPOLES - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi chamado de “assassino” pelo público que compareceu à manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, na tarde deste domingo (29/6).

Veja no vídeo abaixo

O coro foi puxado por manifestantes durante o discurso de Silas Malafaia, principal organizador do evento, e penúltimo orador da manifestação. O pastor lembrou da história de Cleriston da Cunha, conhecido como Clezão, que morreu preso na Papuda em novembro de 2023.

“Tô vendo a família do Clezão aqui. Tem sangue nas mãos de Alexandre de Moraes. Ditador, tu vai dar conta a Deus. Clezão era membro da minha igreja. Clezão foi assistir o que estava acontecendo, foi preso no bolo, a procuradoria pediu para liberar ele por problemas cardíacos, e o ditador não liberou, e ele morreu. O sangue desse justo clama diante de Deus. Deus vai fazer Justiça”, disse Malafaia.

Após essa fala, o público começou o coro de “assassino”, referindo-se ao relator do caso que apura tentativa de golpe de Estado, no STF, que teria sido liderado pelo ex-presidente Jair Boslonaro.

Esta foi a 6ª vez que Bolsonaro convocou apoiadores para a ruas desde que deixou a Presidência da República, no fim de 2022. O slogan da manifestação deste domingo foi “Justiça Já” e as críticas se concentraram ao julgamento de bolsonaristas pelo STF.


Mobilização popular

  • Os números do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão.
  • Neste domingo (29/6), a manifestação reuniu 12,4 mil pessoas, segundo o monitor da USP.
    Em 25 de fevereiro do ano passado, o ex-presidente levou 185 mil pessoas à Avenida Paulista. Em 6 de abril deste ano, 44,9 mil pessoas foram à última manifestação, em São Paulo – uma redução de 75%.
  • No período entre os dois atos, ainda houve outros três protestos de aliados de Bolsonaro. Em 21 de abril, o monitor da USP mediu 32,7 mil pessoas em um ato em Copacabana. Já no Dia da Independência do ano passado, 7 de setembro, 45,4 mil pessoas estiveram na Paulista.
  • No dia 16 de março deste ano, 18,3 mil pessoas se manifestaram em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Fonte: Metrópoles

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