Diante do surto de sarampo registrado na Bolívia, o Governo do Acre deve publicar um decreto com novas medidas sanitárias de controle nas fronteiras com países vizinhos. Uma das ações confirmadas pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, é a exigência de comprovação vacinal para expositores estrangeiros que participarão da Expoacre 2025, entre os dias 26 de julho e 3 de agosto.
Segundo o gestor, os expositores procedentes do Peru e da Bolívia deverão apresentar a carteira de vacinação nas barreiras sanitárias que serão instaladas nas regiões de fronteira. A medida busca proteger a população acreana diante da confirmação de 80 casos de sarampo na Bolívia, uma doença altamente contagiosa que não é registrada no Acre há 25 anos.
“Os expositores da Expoacre que vêm do Peru e da Bolívia vão precisar apresentar a carteira de vacinação nessas barreiras, como medida de segurança”, destacou Pedro Pascoal em entrevista ao ContilNet nesta sexta-feira (11).
A instalação das barreiras sanitárias será oficializada por decreto e integra um conjunto de ações emergenciais de prevenção. O governo estadual também acionou o Ministério da Saúde, que enviará uma equipe ao Acre na próxima segunda-feira (14), liderada pelo diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.
Expoacre celebra 50 edições em Rio Branco. Foto: Pedro Devanir/Secom
A intenção é reforçar o alerta nas cidades de fronteira — como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil — e sensibilizar os gestores municipais sobre o risco de reintrodução da doença, já erradicada no Brasil.
Pedro Pascoal reforçou ainda a importância da vacinação para a proteção coletiva e revelou que a cobertura vacinal contra o sarampo no estado está entre 50% e 55%, abaixo do ideal.
“Se a população não procurar os postos para se vacinar, não vamos conseguir vencer mais essa. A vacina está lá, disponível, mas a adesão ainda é baixa”, alertou o secretário.
A expectativa é que a Expoacre 2025 reúna milhares de visitantes e expositores, incluindo representantes de países vizinhos. Por isso, as autoridades reforçam que a imunização será um critério obrigatório para garantir a segurança sanitária do evento.
Fonte: Contilnet