A Justiça do Acre decidiu manter a prisão preventiva de Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, acusado de assassinar a ex-esposa Paula Gomes da Costa, de 33 anos, com oito golpes de faca, em outubro de 2024, na frente da filha do casal, com apenas 7 anos na época.
A decisão foi proferida pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, que concluiu que a situação processual do réu permanece regular e que não houve qualquer fato novo que justificasse a revogação da medida. A nova reavaliação da prisão será refeita dentro de 90 dias.
Entenda o caso
Jairton foi preso no dia 6 de novembro do ano passado, quando se apresentou à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), acompanhado de um advogado. O crime aconteceu uma semana antes, no dia 27 de outubro, no bairro Alto Alegre, parte alta de Rio Branco. Segundo informações da polícia, Paula havia passado o dia na casa do ex-sogro com a filha do casal e, ao retornar para casa, foi surpreendida por Jairton, que a atacou na frente da criança e do pai dele.
A vítima foi atingida por múltiplos golpes na região do abdômen, o que causou a exposição de vísceras. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Segundo familiares e a polícia, o casal havia se separado havia cerca de três meses, mas Jairton não aceitava o fim do relacionamento e insistia em reatar.
No dia do crime, ele colocou a filha dentro de um carro e atacou Paula logo em seguida. Após o assassinato, fugiu levando a criança, o que mobilizou todas as forças de segurança do estado. O veículo usado por ele chegou a ser visto no Segundo Distrito de Rio Branco, mas não foi possível confirmar se a menina ainda estava com ele naquele momento.
Durante a análise que manteve a prisão preventiva, o juiz Alesson Braz também recebeu um recurso apresentado pela defesa do réu contra a sentença de pronúncia — que o encaminha para julgamento pelo Tribunal do Júri. O advogado tenta excluir algumas das qualificadoras incluídas na denúncia, o que pode impactar diretamente na pena, em caso de condenação. O Tribunal de Justiça do Acre ainda não definiu a data para julgar o recurso.
Fonte: Contilnet