Quem é o coronel que recebeu aval de Moraes para tirar a tornozeleira

Liberado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes para remover temporariamente a tornozeleira eletrônica, o coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues era chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da corporação em 8 de janeiro de 2023.

Acusado por suposta omissão diante dos atos antidemocráticos que levaram à depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, o oficial terá de passar por uma ressonância magnética no joelho esquerdo, em 8 de agosto próximo, às 16h. Assim, não poderá estar com o equipamento de vigilância acoplado ao tornozelo.

Na data do ocorrido – com atos convocados por bolsonaristas dias antes –, o militar estava encarregado de definir os horários dos policiais militares nas respectivas escalas.

Seis meses depois, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa (CLDF) que investigou o ocorrido em 8 de janeiro de 2023, Casimiro disse que a PMDF não efetuou prisões durante a confusão porque “foi pega de surpresa”.

Marcelo chegou a afirmar que não estava no comando na ocasião nem na função de comandante. “Fazer prisões com equipamento [Batalhão] de Choque não é fácil. Outra questão difícil de fazer é chegar ao local, haver um monte de gente correndo, e você não ter certeza de que aquela pessoa cometeu o crime. Você pode agir com abuso de autoridade”, declarou o coronel, à época da CPI.

O coronel também foi acusado de mentir em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao dizer que não teve acesso ao Protocolo de Ação Integrada (PAI) definido para as forças de segurança do DF antes dos atos golpistas.

Contudo, conversas divulgadas pelo Metrópoles mostraram que Casimiro teve acesso ao plano da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) em 6 de janeiro de 2023.

Preso duas vezes

O coronel da PMDF foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com outros cinco integrantes da corporação, por omissão, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres.

Casimiro esteve preso em duas ocasiões, de 18 de agosto de 2023 a 28 de março de 2024, e de 3 a 30 de abril do ano passado. Depois da volta para a prisão, ele entrou com pedido de mudança para a reserva remunerada.

Fonte: Metrópoles

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