Raimunda foi a primeira mulher a participar de um empate — forma de resistência usada por trabalhadores da floresta — no Seringal Carmen, em um período marcado por conflitos fundiários na Amazônia.

O PT do Acre divulgou uma nota pública lamentando a morte da militante. Leia a íntegra:

NOTA DE PESAR – RAIMUNDA RODRIGUES LOPES

É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento da companheira Raimunda Rodrigues Lopes, mulher de fibra, coragem e luta, que deixa um legado inapagável na história da organização dos trabalhadores e trabalhadoras do Acre.

Raimunda foi fundadora do Partido dos Trabalhadores (PT), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em tempos de resistência e enfrentamento, foi a primeira mulher a participar de um empate, no Seringal Carmen, quebrando barreiras e abrindo caminhos para que tantas outras companheiras pudessem também ocupar seu lugar nas lutas sociais e sindicais.

Sua trajetória é símbolo da força da mulher amazônida, da luta pelos direitos dos povos da floresta e da construção coletiva de um Brasil mais justo.

Nos solidarizamos com seus filhos, Neide, Messias, Francisca, Verônica, Cilene, Toinha, netos, amigos e companheiros de caminhada. Seguiremos honrando sua memória com compromisso, organização e luta.

Raimunda Lopes, presente! Hoje e sempre.