O Tribunal de Justiça do Acre marcou para esta quinta-feira (7), às 8h, na Sala das Sessões da Câmara Criminal, uma sessão que pode anular o julgamento do Caso da Chacina do Preventório, ocorrido em Rio Branco. O processo envolve cinco policiais militares acusados de matar três pessoas, entre elas a menina Maria Kauane, durante uma operação policial em maio de 2018.
O julgamento original aconteceu em dezembro de 2024, após longos dias de sessões. Em um momento de grande repercussão, os jurados precisaram de pausa devido à exaustão, e o veredicto foi muito aguardado pela população acreana, devido à gravidade das acusações e ao impacto social do caso.
Agora, em 2025, a defesa questiona a legalidade daquele veredito, alegando que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária às provas apresentadas, conforme previsto no artigo 593, inciso III, alínea “d”, do Código de Processo Penal. Caso o Tribunal de Justiça do Acre concorde com essa argumentação, o julgamento poderá ser anulado, e um novo júri será convocado para reavaliar as acusações.
A Defensoria Pública do Estado do Acre, representada pelo defensor público Gilberto Jorge Ferreira da Silva, foi intimada para acompanhar a sessão de amanhã, que será decisiva para o andamento do caso.
A Chacina do Preventório permanece como um marco na justiça local, gerando debates sobre a conduta policial e o funcionamento do sistema judiciário em situações de grande repercussão social. A expectativa é que a sessão traga mais clareza sobre os próximos passos no processo.
Fonte: Contilnet