Moradores da Colônia Souza Araújo relatam esperança após visita de Lula: “Não estamos esquecidos”

O presidente visitou a casa de acolhida no dia 8 de agosto/ Foto: Cedida

Passados quase dez dias desde a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Acre, o clima ainda é de emoção na Casa de Acolhida Souza Araújo, localizada no km 10 da BR-364, sentido Porto Velho, em Rio Branco. O espaço, que acolhe e trata pessoas atingidas pela hanseníase, recebeu o presidente no dia 8 de agosto, momentos antes de sua agenda oficial na capital.

A visita, breve, mas significativa, deixou lembranças e, para muitos moradores, reacendeu o sentimento de que, finalmente, o local possa receber um olhar mais atento e sensível da sociedade, além da esperança de que os filhos de pessoas que foram vítimas da hanseníase e que foram submetidas ao isolamento ou internação possam ter acesso à pensão vitalícia, benefício que milhares de pessoas estão em busca, no entanto, têm encontrado dificuldade devido a falta de documentações exigidas.

A diretora da unidade, irmã Celene, contou que Lula solicitou ao presidente da Apex, Jorge Viana, que o acompanhou durante agenda na capital, uma pausa na programação para que pudesse passar pela colônia.

“Ele tem um carinho especial pela causa. Já assinou leis que beneficiam ex-pacientes e também filhos separados. Sempre que está em algum lugar onde existe uma colônia, ele faz questão de visitar”, relatou. Para ela, a presença do presidente pode mobilizar outras entidades e autoridades na busca de soluções para problemas antigos, como a dificuldade em reunir documentação necessária para acessar benefícios.

Maria das Graças celebrou a visita do presidente/ Foto: ContilNet

Entre os moradores, a recepção foi marcada por sentimentos diversos. Dona Maria das Graças, conhecida por ser fã declarada de Lula, lamentou não ter participado da recepção por estar doente, mas não escondeu a alegria em saber que o local foi incluído na agenda presidencial. “Pra gente foi um prazer enorme, ninguém esperava. Ele mostrou que gosta da gente. Não tenho esperança de receber benefício porque não me enquadro, mas para meus colegas que lutam por isso, é um direito merecido”, disse.

Maria de Fátima relembrou outra visita do presidente/ Foto: ContilNet

Moradora mais antiga da colônia, Maria de Fátima Silva guarda na memória a primeira vez que Lula esteve no local, ainda antes de ser presidente. Para ela, a postura do líder é um diferencial. “Ele não demonstra preconceito. Trata a gente como igual, com respeito. Prometeu dar continuidade à aposentadoria dos hansenianos e isso reacende a esperança. Não paga o sofrimento que já passamos, mas ajuda”, afirmou.

Iolanda conta que tem esperança de finalmente receber o benefício/ Foto: ContilNet

Já Iolanda Pereira, que aguarda há um ano para receber pensão, disse ter sentido um misto de alegria e alívio. “Ele conversou com todos, cumprimentou cada um. Disse que ia ajudar e que se colocava à disposição. Isso dá ânimo, porque aqui precisamos muito, até de reformas na estrutura. A visita dele mostrou que alguém nos vê, que não estamos esquecidos”, declarou. Para ela e muitos outros, a passagem do presidente foi mais que um ato simbólico, foi um lembrete de que a luta por direitos ainda pode ter resultados.

Fonte: Contilnet

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