Acre registra acesso limitado a exames de imagem e equipamentos de saúde

Acre registra acesso limitado a exames de imagem e equipamentos de saúde. Foto: Reprodução

O Acre apresenta indicadores preocupantes no acesso a exames de imagem, conforme aponta o Atlas da Radiologia no Brasil 2025. Apesar do aumento no número de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos anos, a proporção de exames ainda é significativamente inferior à dos beneficiários de planos de saúde, refletindo desigualdades regionais no fornecimento de serviços médicos.

Em 2023, a densidade de mamógrafos no Acre para atender usuários do SUS era inferior a um aparelho por 100 mil habitantes, totalizando apenas sete unidades em todo o estado. Na rede privada, esse número salta para 35 aparelhos por 100 mil usuários. A diferença é ainda maior no caso da ressonância magnética, com 0,60 equipamento para cada 100 mil pessoas no serviço público, enquanto a cobertura privada mantém índices muito superiores.

A situação se repete com ultrassons e aparelhos de raio-x, evidenciando a dificuldade da população em acessar diagnósticos essenciais de forma ágil. A baixa disponibilidade de equipamentos impacta diretamente a realização de exames como tomografia, ressonância e mamografia, exames fundamentais para rastreamento e diagnóstico precoce de diversas doenças.

O Atlas aponta que, embora o SUS tenha registrado crescimento no número de procedimentos entre 2014 e 2023, a desigualdade entre público e privado ainda permanece elevada no Acre. A densidade de exames por usuário revela que pacientes com planos de saúde realizam significativamente mais procedimentos do que aqueles que dependem do serviço público.

Além do déficit de aparelhos, a complexidade dos exames influencia a distribuição desigual. Equipamentos de alta tecnologia, como tomógrafos e ressonâncias magnéticas, estão concentrados em poucos centros urbanos, dificultando o acesso da população em áreas mais afastadas do estado.

O estudo evidencia que, para reduzir desigualdades, é necessário ampliar a infraestrutura de diagnósticos por imagem e aumentar a oferta de equipamentos, especialmente na rede pública do Acre, garantindo atendimento mais equitativo e abrangente para a população.

Fonte: Contilnet

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