Polícia prende líderes de ‘conselho’ do Comando Vermelho que autorizava assassinatos no Acre

Policiais civis do NEIC cumprem mandados de prisão contra líderes de facção criminosa em Cruzeiro do Sul/Foto: Cedida

A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio do Núcleo Especializado de Investigação Criminal (NEIC), deflagrou na manhã desta sexta-feira (17) a Operação Sinédrio, que resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva contra indivíduos investigados por homicídio qualificado e participação em organização criminosa.

A ação é resultado das investigações sobre o assassinato de João Vitor da Silva Borges, ocorrido em setembro de 2024, em Cruzeiro do Sul. O crime teve grande repercussão no município pela violência empregada e pela suposta ligação com lideranças do Comando Vermelho.

Segundo a Polícia Civil, os alvos da operação ocupavam posições de destaque dentro da facção, integrando o chamado “conselho rotativo”, responsável por deliberar e autorizar execuções e punições internas. As investigações apontam que os presos tinham papel central nas decisões da organização e eram responsáveis por ordenar homicídios e aplicar medidas disciplinares a membros.

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam duas armas de fogo, sendo um revólver calibre .38 e uma pistola calibre 9mm, ambas municiadas. As prisões ocorreram em locais distintos de Cruzeiro do Sul, sem registro de resistência.

O delegado Heverton Carvalho, responsável pelo caso, afirmou que a operação representa um golpe importante contra a cúpula do grupo criminoso.

“A Operação Sinédrio simboliza a derrubada de um núcleo de poder dentro da facção. Os presos integravam o conselho responsável por autorizar execuções, inclusive o homicídio de João Vitor. A Polícia Civil continuará atuando de forma firme e estratégica para neutralizar as lideranças e enfraquecer a estrutura criminosa no Juruá”, destacou.

Os investigados foram levados à Delegacia de Cruzeiro do Sul, onde passaram pelos procedimentos de praxe e permanecem à disposição da Justiça.

Fonte: Contilnet

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