A surpresa do Planalto com o texto base da anistia escolhido por Motta

Lula e Hugo Motta - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Integrantes do Palácio do Planalto dizem, nos bastidores, terem se surpreendido com a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de utilizar um projeto do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) como base para a discussão da anistia ao 8 de Janeiro.

Assessores palacianos afirmam que as lideranças do governo na Câmara estavam construindo com Motta uma alternativa para reduzir penas — diferente da proposta de Crivella, que prevê anistia a todos os envolvidos em atos golpistas desde 30 de outubro de 2022 até a data de entrada em vigor da lei.

Auxiliares do presidente Lula no Planalto esperavam que Motta já apresentasse um texto sobre redução de penas antes da votação da urgência, aprovada na quarta-feira (17/9). Agora, a avaliação é de que o governo vai precisar articular ainda mais o apoio da base para impedir uma anistia ampla.

Nos próximos dias, a equipe de articulação do governo vai intensificar o corpo a corpo para conversar com deputados de partidos com ministérios na gestão petista. O objetivo é tentar evitar o avanço de uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, como insistem as lideranças  bolsonaristas.

Caso não tenham sucesso na Câmara, a aposta dos governistas é tentar rejeitar uma anistia ampla no Senado, onde o governo costuma ter maior. Para isso, o Planalto também espera contar com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem se colocado a favor de uma “anistia light”.

Fonte: Metrópoles

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