O governo do Acre informou nesta terça-feira (15), que o estado registrou a redução da proporção de nascidos vivos de mães adolescentes (de 10 a 19 anos) que passou de 22,24% em 2023 para 19,9% em 2024, segundo dados provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde.
Acre diminui índice de gravidez na adolescência e reforça políticas de prevenção. Foto: Reprodução
O cálculo é baseado no número de nascidos vivos de mães residentes, por grupo etário, multiplicado por 100 e dividido pelo número total de nascidos vivos, e reflete o impacto direto de uma série de políticas públicas implementadas pela gestão com foco na prevenção da gravidez não intencional na adolescência e no fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos da juventude.
Conforme os dados divulgados, entre as regiões que mais se destacam estão a capital, Rio Branco, que apresenta uma redução de 14,2%, seguida por Acrelândia com 15,7%. “Os números são fruto de um esforço coordenado entre diferentes setores do governo que oferecem acesso à educação sexual, expansão de atendimentos em saúde com a oferta de contraceptivos e campanhas de conscientização”, afirma a gestão.
O governo do Acre também tem apostado na articulação com áreas como educação, segurança pública, assistência social, cultura, juventude e esporte. A proposta é integrar esforços para oferecer suporte completo aos jovens, principalmente nas regiões mais afastadas e vulneráveis.
Para o secretário de Estado de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, a permanência dessas adolescentes na escola, o acesso a melhores oportunidades e a diminuição da sobrecarga dos serviços de saúde são alguns dos benefícios observados. “É um trabalho contínuo, que exige envolvimento de toda a sociedade. Mas os resultados mostram que estamos no caminho certo”, comenta.
Rio Branco e Epitaciolândia apresentaram os melhores índices de redução. Foto: Reprodução
Já a responsável pelo setor de Saúde na Adolescência no estado, Luciana Freire, além do projeto chamado ‘Adolescência Primeiro, Gravidez Depois’, que tem ampliado significativamente o acesso das adolescentes à informação, à orientação especializada e aos métodos contraceptivos na rede pública, os municípios acreanos dispõem de atendimento qualificado, incluindo menores desacompanhadas, acolhimento em casos de violência e promoção de realizações que incentivem boas escolhas.
Deylon Félix
Fonte: Contilnet