O Acre aparece entre os três estados do país com o maior percentual de Microempreendedores Individuais (MEIs) inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, segundo levantamento divulgado pelo Sebrae e pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). No estado, 54,8% dos MEIs cadastrados começaram a empreender após entrar no sistema.
O estudo mostra que cada vez mais famílias em situação de vulnerabilidade têm buscado o empreendedorismo como alternativa de renda. Em todo o país, 2,5 milhões de pessoas, 55% dos MEIs no Cadastro Único, decidiram abrir um pequeno negócio após serem incluídas no registro.
O ministro Wellington Dias destacou que a medida não implica perda de benefícios sociais. Pela Regra de Proteção do Bolsa Família, quem melhora a renda pode continuar recebendo metade do valor do benefício por até 12 meses, garantindo uma transição segura. “Essas pessoas estão formalizando seus negócios e, ao mesmo tempo, permanecendo protegidas”, afirmou.
O Acre se destaca junto com Amazonas e Piauí, todos acima de 54% de empreendedores formais vinculados ao Cadastro Único. A maioria atua no setor de serviços, seguido pelo comércio e pela construção civil. Segundo o Sebrae, o apoio técnico oferecido à população tem contribuído para manter 78,9% das empresas ativas, bem acima da média nacional.
A parceria entre o MDS e o Sebrae, firmada em 2023, tem como meta fortalecer a inclusão produtiva e o desenvolvimento de pequenos negócios entre famílias em vulnerabilidade. Por meio da troca de informações e capacitação, o objetivo é transformar o empreendedorismo em um caminho sustentável para a geração de renda e autonomia no Acre e em todo o país.
Fonte: Contilnet