Acre monitora fronteira após Peru decretar estado de emergência por avanço da criminalidade

De acordo com o Secretário de Segurança, a região mais afetada é a da capital peruana/Foto: Reprodução

A Secretaria de Segurança Pública do Acre informou ao ContilNet nesta terça-feira (22), que está acompanhando de perto a situação no Peru após o presidente José Jerí decretar estado de emergência na capital Lima e na região de Callao, por 30 dias, para conter o avanço da criminalidade no país.

O secretário de Segurança Pública, coronel Américo Gaia, afirmou que as autoridades acreanas estão em alerta, especialmente nas áreas de fronteira. Segundo ele, o monitoramento está sendo realizado por meio do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteiras e Divisas (GGIF), que reúne informações de inteligência sobre possíveis reflexos do cenário peruano na região.

“Estamos fazendo um levantamento de inteligência pelo GGIF. Assim que concluirmos, passaremos para divulgação”, explicou Gaia.

O secretário destacou que, até o momento, não há registros de instabilidade ou impactos diretos nas cidades fronteiriças do Acre.

“A princípio, pelo que se sabe, o conflito está acontecendo em Lima e parece não ter se estendido para os demais departamentos”, informou.

O estado de emergência foi anunciado por José Jerí na noite de terça-feira (21), em um pronunciamento televisionado, e começa a valer à meia-noite. A medida autoriza ações mais rígidas de segurança e reforço policial nas ruas da capital peruana.

Desde que assumiu a presidência, no início de outubro, após a destituição de Dina Boluarte, Jerí tem enfrentado protestos de grupos da sociedade civil e jovens que exigem medidas contra a criminalidade. Em mobilizações recentes, uma pessoa morreu e mais de 100 ficaram feridas em confrontos com a polícia.

“A Secretaria de Segurança Pública se posicionou através de nota: 

Em consulta informal com a Polícia Nacional do Peru (PNP), fomos informados de que os manifestos estão concentrados em Lima e Callao, e que o trânsito de turistas no país segue normal. Até o momento, as autoridades peruanas não solicitaram qualquer auxílio do nosso setor de Segurança Pública.

Em virtude dessa situação, o Acre continuará monitorando a situação nas fronteiras e avaliando qualquer impacto que possa ocorrer. Não está prevista, neste momento, a adoção de medidas como o fechamento das fronteiras ou restrições adicionais. Estamos comprometidos em garantir a segurança da população e a fluidez nas relações fronteiriças, mantendo um acompanhamento constante das informações que possam surgir.

Estamos preparados para agir conforme necessário, sempre priorizando a segurança e o bem-estar dos acreanos.”

 

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