Após ataque de Israel, petróleo tem maior alta em um dia desde 2022

Imagem colorida de poço de petróleo na Faja Petrolífera do Orinoco, área com mais petróleo do mundo - Metrópoles - Foto: Reprodução

O ataque de Israel contra instalações nucleares do Irã, nessa quinta-feira (12/6), já começou a impactar os preços internacionais do petróleo, que vêm se aproximando de máximas em vários meses.


O que aconteceu

  • Por volta das 7h20 (pelo horário de Brasília) desta sexta-feira (13/6), o preço do barril de petróleo do tipo Brent (referência para o mercado internacional) avançava 8,9% e era negociado a US$ 75,55.
  • Um pouco mais cedo, a cotação chegou a US$ 78,50, o valor mais alto desde janeiro deste ano.
  • No mesmo horário, o preço do barril de petróleo do tipo WTI (referência para o mercado dos Estados Unidos) subia 9%, cotado a US$ 74,42.
  • Nesta sexta, o WTI também atingiu a máxima de US$ 77,62, o maior preço desde janeiro.

Maior alta diária em 3 anos

A alta nas cotações após o ataque israelense ao Irã é a maior, para um único dia, em ambos os contratos (Brent e WTI), desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia e deu início a uma guerra que se desenrola até hoje.

Em outros mercados, as ações vêm despencando, o que levou a uma “corrida” em direção a ativos considerados mais seguros – como o dólar, o ouro e o franco suíço.

Ataque de Israel ao Irã

O ataque de Israel contra instalações nucleares no Irã deixou o mundo em alerta máximo para possível escalada bélica envolvendo outras nações. Embora os EUA afirmem não ter se envolvido na coordenação da operação de Israel, o histórico apoio dos norte-americanos aos israelenses, de maneira indireta, a maior potência do mundo no radar de uma retaliação. Outro ponto de apreensão é a “cooperação bilateral” entre os iranianos e a Rússia.

As últimas informações são de que, além das instalações de enriquecimento de urânio, houve destruição de regiões habitadas por civis, inclusive com vítimas, mas os números e as condições destas não foram divulgados.

Após o programa nuclear do Irã ter sido atingido, o governo do país anunciou que vai retaliar a ação bélica. Um comunicado divulgado pelas Forças Armadas do Irã falou sobre possível operação de resposta. O texto diz, inclusive, que pontos dos EUA no Oriente Médio podem ser alvo de ataque.

“A retaliação da República Islâmica do Irã é certa, e o inimigo pagará um preço alto”, disse um porta-voz das Forças Armadas, em comunicado divulgado pela mídia estatal. “Não há necessidade de se preocupar no país, pois o regime sionista [Israel] e a América [EUA] pagarão um preço alto e receberão um duro golpe”, alertou.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram a autoria do ataque dessa quinta e afirmaram que os alvos teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”. As explosões foram registradas na capital Teerã, mas também há relatos de bombardeios em vários pontos das imediações da cidade.

O ataque foi um duro golpe para o Irã, pois matou o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC) do país, Hossein Salami, o comandante sênior do IRGC, Gholamali Rashid, e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi, conforme anunciado pela própria agência estatal de notícias.

A investida contra o Irã não deve se resumir ao bombardeio dessa quinta. Se depender das intenções do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a ofensiva deve se estender nos próximos dias. “Esta operação continuará por tantos dias quanto forem necessários para remover esta ameaça”, anunciou Netanyahu, em um pronunciamento.

O exército israelense, no entanto, já espera contra-ataque iraniano. Logo após atingir o rival histórico no Oriente Médio, as autoridades de Israel declararam estado de emergência no próprio território e fecharam o espaço aéreo. O mesmo foi determinado pelo Irã.

Fonte: Metrópoles

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