A Livraria Leitura, maior rede do setor no Brasil, ainda não chegou ao Acre devido a entraves logísticos e estruturais. Segundo o CEO Marcus Teles, o envio de livros para Rio Branco pode levar mais de 20 dias, dificultando o abastecimento e inviabilizando a operação no estado, embora haja interesse e demanda local.
Apesar disso, o Acre está no radar. Teles acredita que há demanda reprimida e que a população responderia bem a uma livraria como a Leitura. O modelo da rede, que aposta em cidades com pouca concorrência e carência de livrarias, se encaixaria perfeitamente no cenário acreano, como já ocorreu com sucesso em municípios como Ananindeua (PA).
Outro entrave é a infraestrutura local. O modelo da Leitura exige shoppings com bom fluxo de pessoas e estrutura adequada, o que ainda é limitado em Rio Branco. Mesmo assim, a empresa mantém diálogo com empreendimentos da região e avalia possibilidades.
Teles destaca que o problema não é o público: “O consumidor do Acre quer acesso ao livro como qualquer outro”. A barreira é estrutural. A expansão da rede é feita com recursos próprios e muita cautela, evitando riscos em regiões onde a operação ainda não é viável.
Apesar dos desafios, o CEO reforça: o Acre não foi esquecido. A rede quer chegar a todos os estados, e a presença no território acreano é uma meta, desde que existam condições reais para uma operação sustentável.
Fonte: Contilnet