Conselho com 26 pastores sai em defesa de Malafaia e faz apelo ao STF

Um grupo com 26 lideranças evangélicas reagiu à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de incluir o pastor Silas Malafaia no inquérito que apura a ação de Eduardo Bolsonaro (PL) contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.

A manifestação é assinada por membros do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB). Na nota, os líderes evangélicos repudiam a decisão de Moraes e fazem um apelo a ministros do STF e senadores.

Os 26 pastores, bispos e apóstolos afirmam que a inclusão de Malafaia no inquérito é “imprópria e injusta”. Eles dizem não poder “aceitar tamanha perseguição, que ultrapassa o âmbito político e atinge também a esfera religiosa”.

“O pastor Silas Malafaia é uma das maiores lideranças evangélicas do país, com reconhecimento internacional, sendo uma das principais vozes que representam o povo evangélico brasileiro. Não podemos aceitar tamanha perseguição, que ultrapassa o âmbito político e atinge também a esfera religiosa”, afirmam.

Na nota, o grupo ainda faz um “apelo” aos demais ministros do STF, senadores e deputados federais, sem especificar exatamente ao que. Segundo os líderes religiosos, o Brasil estaria “caminhando para algo perigoso e inaceitável”.

“Apelamos aos ministros do STF, bem como a senadores e deputados, pois o Brasil está caminhando para algo perigoso e inaceitável. A liberdade de expressão e a liberdade religiosa são inegociáveis no Estado Democrático de Direito, como garante a nossa Constituição”, diz a nota.

Malafaia na mira

Um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Malafaia foi incluído como investigado em um inquérito que apura a ação de Eduardo Bolsonaro no exterior em busca de sanções contra ministros do STF e outras autoridades brasileiras.

A investigação é relatada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. O inquérito tem ainda, entre os investigados, Jair Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, que tem atuado como braço direito de Eduardo nos EUA.

Preocupação evangélica

Como mostrou a coluna, o ministro do STF André Mendonça, classificado pelo próprio Bolsonaro como “terrivelmente evangélico”, procurou colegas da Corte e o presidente da Câmara, Hugo Motta, para falar sobre a investigação envolvendo Malafaia.

Segundo fontes do Supremo, Mendonça ligou para Motta e para Gilmar Mendes, atual decano do STF, ainda na noite da quinta-feira (14/8), horas após a inclusão de Malafaia na investigação ser noticiada pela imprensa.

Nas conversas, de acordo com relatos, André Mendonça argumentou que as liberdades de expressão e religiosa não podem ser criminalizadas. O ministro também alertou que o fato tende a jogar os evangélicos ainda mais contra o Supremo.

No caso do presidente da Câmara, o ministro do STF indicado por Bolsonaro para a Corte alertou ainda que a inclusão de Malafaia no inquérito pode fazer a bancada evangélica reagir no Congresso Nacional e elevar a pressão sobre Motta.

Confira os pastores e bispos que assinam a nota:

  • César Augusto
  • Abner Ferreira
  • Robson Rodovalho
  • Renê Terra Nova
  • Samuel Câmar
  • Estevam Hernandes
  • Agenor Duque
  • Cláudio Duarte
  • Jorge Linhares
  • Jabes de Alencar
  • Ezequiel Teixeira
  • Abe Huber
  • Silmar Coelho
  • Marcos Gregório
  • Flamarion Rolando
  • Galdino Júnior
  • Luiz Hermínio
  • Simonton Araújo
  • Paulo Roberto
  • Estevam Fernandes
  • Gidalt Alencar
  • Antônio Antunes
  • Michael Aboud
  • Josué Valandro
  • Fábio Santos
  • Wilton Costa

Fonte: Metrópoles

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