O motivo foi a falta de espaço para que os parlamentares se manifestassem durante a Tribuna Popular, que abordou a importância da doação de sangue.

O impasse começou após o vereador Samir Bestene cobrar o cumprimento do Regimento Interno, que garante aos vereadores o direito de se pronunciarem após as falas dos convidados na Tribuna Popular. Visivelmente insatisfeito, Samir afirmou que o regimento precisa ser respeitado, independentemente de acordos feitos durante a condução dos trabalhos.

“Eu gostaria que Vossa Excelência, como presidente desta Casa, cumprisse o Regimento Interno. O regimento existe para garantir nosso direito à voz, para que possamos defender, criticar ou elogiar, conforme necessário”, declarou Bestene.

Em resposta, o presidente da Câmara, Joabe Lira, justificou que a decisão de abrir mão das falas foi uma estratégia para agilizar a sessão, devido às recorrentes dificuldades em manter o quórum necessário.

“Os vereadores abriram mão da fala para dar celeridade à sessão, porque temos problemas de quórum. Ontem mesmo, a sessão foi suspensa. Às vezes, é necessário conduzir dessa forma para que possamos concluir os trabalhos”, explicou.

Samir voltou a rebater e reforçou que, apesar de reconhecer a importância da Tribuna Popular e elogiar a iniciativa do vereador Aiache, não se pode abrir mão das normas que regem os trabalhos legislativos.

“Esta Casa não funciona por acordo. Esta Casa tem um Regimento Interno, e o regimento é feito para ser cumprido”, concluiu.