O narrador esportivo Galvão Bueno, um dos principais nomes da história da televisão brasileira, fez duras críticas à possível adoção de uma camisa vermelha como o novo uniforme número 2 da Seleção Brasileira. Em vídeo divulgado nesta terça-feira (29), Galvão classificou a mudança como um desrespeito à tradição do futebol nacional.
No depoimento, ele relembrou a importância histórica da camisa azul, que já foi usada em momentos icônicos da Seleção, como a final da Copa do Mundo de 1958 contra a Suécia, e alertou para o que considera um erro grave da CBF e da fornecedora de material esportivo.
“A Seleção Brasileira e a história do futebol brasileiro, ela é muito séria, muito rica, de grandes conquistas. A camisa azul foi usada pela primeira vez em 1938, e na final de 58. Foram 12 jogos com ela em Copas do Mundo, com 8 vitórias, um empate e 3 derrotas”, afirmou Galvão.
O narrador citou inclusive trechos do regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), destacando que os uniformes devem seguir as cores presentes na bandeira da entidade. Para ele, a adoção da cor vermelha fere diretamente essa norma.
“É o inciso 3 do artigo 13: os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF. Por isso temos a camisa amarela com verde e outra azul com branca. Apareceu alguém para cometer aquilo que eu digo ser um crime. Isso é uma ofensa sem tamanho à história do futebol brasileiro”, disparou.
Segundo ele, a fornecedora da Seleção e a CBF estariam planejando substituir a tradicional camisa azul por uma vermelha já na próxima Copa do Mundo, o que gerou forte indignação.
“Isso não tem absolutamente nada a ver com a história da Seleção Brasileira”, completou o narrador.
Até o momento, nem a CBF nem a fornecedora Nike se pronunciaram oficialmente sobre a declaração de Galvão Bueno ou sobre os rumores envolvendo a mudança do uniforme. A camisa azul é considerada a segunda mais emblemática da Seleção, perdendo apenas para o tradicional uniforme canarinho.
A polêmica promete gerar ainda mais debates nos próximos dias entre torcedores, especialistas e ex-jogadores sobre o peso da tradição no futebol brasileiro.
Fonte: Contilnet