Integrantes do governo Lula e lideranças da oposição concordam em ao menos um ponto sobre a CPI mista para investigar as fraudes no INSS que deve ser criada, em breve, no Congresso Nacional.
Tanto auxiliares do presidente Lula quanto parlamentares bolsonaristas admitem que será difícil a comissão descobrir fatos novos em relação ao escândalo de descontos indevidos do INSS.
Isso porque, lembram, as principais fontes de informações da CPI serão a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), órgãos cujos comandos são indicados pelo próprio governo.
“A CPI não vai descobrir nada que o governo já não saiba pela PF ou pela CGU”, disse à coluna um alto integrante do Ministério da Previdência Social.
Nesse cenário, a avaliação é de que a comissão acabará funcionando mais como palco político, sobretudo para a oposição tentar desgastar o governo Lula, sem resultados concretos de investigação.
Para a oposição, esse potencial de desgaste político do governo é importante, sobretudo pela proximidade das eleições de 2026, quando o presidente Lula pretende concorrer à reeleição.
Ciente da estratégia da oposição, o governo vem articulando para ter aliados na presidência e na relatoria da CPI, além de maioria entre os integrantes da comissão parlamentar de inquérito.
Fonte: Metrópoles