O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira (20/6) que o Hezbollah será eliminado caso continue a ameaçar Israel, e que o grupo “não está aprendendo a lição de seus antecessores”.
A ameaça é uma resposta à declaração pública do secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, em apoio ao Irã na guerra contra Israel. No comunicado, o líder do grupo libanês criticou as recentes ameaças dos Estados Unidos e afirmou que o Hezbollah não permanecerá neutro diante do conflito.
“Nós, do Hezbollah e da Resistência Islâmica, não somos neutros entre os direitos legítimos e independentes do Irã e a malevolência dos Estados Unidos e sua agressão ao tumor cancerígeno, Israel”, afirmou Qassem.
Esta é a primeira manifestação oficial de Qassem desde o início dos conflitos.
Ofensiva israelense contra o Irã
- Depois de diversas ameaças, Israel lançou na semana passada o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
- O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
- Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.
- Em pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.
- Até o momento, relatos indicam que parte do programa nuclear já foi afetada pelos ataques. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de Israel.
Qassem também reagiu a recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu a possibilidade de um ataque direto ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmando que as palavras de Trump representam uma “agressão” não só contra o Irã, mas contra todos os povos da região.
De acordo com o ministro israelense, nas redes sociais, o “representante libanês” deve ser cuidadoso e entender que “Israel perdeu a paciência com os terroristas que o ameaçam”.
“O secretário-geral do Hezbollah não está aprendendo a lição de seus antecessores e está ameaçando agir contra Israel de acordo com as ordens do ditador iraniano. Sugiro que o representante libanês seja cuidadoso e entenda que Israel perdeu a paciência com os terroristas que o ameaçam. Se houver terrorismo, não haverá Hezbollah”, divulgou Israel Katz.
Além do Hezbollah no Líbano, o grupo iraquiano ameaçou as bases dos Estados Unidos. O Kataib Hezbollah, milícia xiita integrante das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), afirmou que bases no Oriente Médio poderão ser atacadas caso o país entre no conflito entre Israel e Irã.
Além disso, o líder do grupo iraquiano — que possui ligações com o Hezbollah libanês — ameaçou fechar importantes rotas de navegação no Oriente Médio. Entre eles, o Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, e a hidrovia de Bab-el-Mandeb, no Mar Vermelho.
Fonte: Metrópoles