Justiça decreta prisão preventiva e pede avaliação psicológica de mulher suspeita de matar irmão

A Justiça do Acre decretou a prisão preventiva de Camila Arruda Braz, de 37 anos, suspeita de assassinar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, de 47 anos, em um crime ocorrido na última terça-feira (3), em Rio Branco. A decisão foi tomada após a audiência de custódia realizada na quarta-feira (4).

Além da prisão, a 1ª Vara do Tribunal do Júri determinou que Camila passe por avaliação de uma equipe médica multidisciplinar em até 48 horas. Até lá, ela deverá permanecer isolada e medicada na enfermaria do presídio, sob monitoramento constante.

Ela foi presa em flagrante logo após o crime/Foto: ContilNet

De acordo com relatos familiares, Camila sofria de transtorno de bipolaridade, com histórico de tratamento no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac). Apesar disso, segundo os parentes, ela havia interrompido o acompanhamento médico e a medicação há algum tempo. A Justiça confirmou que ela é acompanhada por equipe médica desde 2022 e faz uso de remédios controlados para evitar surtos psicóticos.

O crime ocorreu na residência onde Camila, Ramon e a mãe, de 64 anos, moravam, na Avenida Noroeste, no Conjunto Tucumã. No momento do assassinato, a idosa não estava no imóvel. Antes de chamar o irmão para o quarto, Camila trancou todas as portas e janelas, provavelmente para dificultar a fuga da vítima ou a entrada de socorro. Sua filha, de apenas seis anos, estava na casa e presenciou toda a cena.

Segundo informações da família, Camila já havia demonstrado comportamentos violentos anteriormente. Há cerca de dois anos, ela chegou a atacar Ramon com um espremedor de alho de ferro, atingindo sua cabeça com vários golpes. Na ocasião, outros familiares conseguiram intervir a tempo e socorrer o homem.

Na manhã do crime, testemunhas afirmam que Camila já havia expressado a intenção de matar o irmão, ao relatar isso para alguns familiares no último domingo (1º). Segundo a polícia, ela utilizou uma faca e desferiu 37 golpes contra Ramon, sendo que 12 atingiram diretamente o coração.

Após o ataque, a Polícia Militar do Acre encontrou Camila no portão da residência, com marcas de sangue e acompanhada da filha. Ramon chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

Agora, com a prisão preventiva decretada e medidas médicas determinadas, Camila seguirá sob custódia enquanto o caso é investigado pelas autoridades.

Com informações G1

 

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