Goiânia – A Justiça Federal bloqueou R$ 156.074,88 de dinheiro público para garantir atendimento domiciliar à jovem Thaís Medeiros, que ficou sem andar nem falar após um quadro grave de reação alérgica por sentir o cheiro de uma conserva de pimenta, em 2023. Por meio das redes sociais, a mãe da jovem celebrou a medida.
De acordo com Adriana Medeiros, mãe de Thaís, a decisão da justiça foi uma “grande vitória” para o tratamento. Veja o vídeo:
Relembre o caso
Em fevereiro de 2023, durante um almoço na casa do namorado, em Anápolis (GO), Thaís passou mal após cheirar um frasco de pimenta em conserva.
Ela foi encaminhada ao hospital depois de uma parada cardiorrespiratória. Thaís chegou a ficar 20 dias internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
Seu diagnóstico é de edema cerebral, com lesões irreversíveis.
Tratamento adequado
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), a pasta está ciente da decisão em favor da paciente e adota as providências pertinentes à decisão.
O bloqueio da verba pública da Prefeitura de Goiânia visa garantir que a jovem Thaís receba o tratamento domiciliar (home care) necessário pelo período de seis meses.
A sentença foi assinada pelo juiz Jesus Crisóstomo de Almeida. A medida foi adotada devido ao descumprimento das decisões judiciais de fornecer o tratamento adequado, mesmo após o município reconhecer parcialmente a dívida e retomar alguns pagamentos.
Batalha judicial
Em outubro do ano passado, a Justiça havia determinado que a Prefeitura de Goiânia comprovasse o fornecimento do atendimento domiciliar à jovem Thaís Medeiros.
À época, o juiz estipulou um prazo de cinco dias para que a prefeitura apresentasse a comprovação do tratamento, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, tanto para a administração municipal quanto para o secretário de saúde. A decisão judicial ocorreu após a família de Thais alegar que o home care, garantido por uma liminar emitida em 2023, não estava sendo cumprido.
A liminar aponta que a jovem deve receber atendimento domiciliar por uma equipe multidisciplinar, além de transporte para consultas e insumos médicos necessários.
Fonte: Metrópoles