A primeira sondagem feita pelo governo federal aponta que o advogado-geral da União, Jorge Messias, teria apoio para ser aprovado pelo Senado Federal caso seja indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O cálculo feito pelo Palácio do Planalto, que tem sido levado em conta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aponta um potencial de 50 votos no plenário da Casa Legislativa.

O número foi obtido pelo atual presidente da Suprema Corte, Edson Fachin, em 2015, e é superior aos 47 votos alcançados pelo ministro Flávio Dino, em 2023.

A expectativa é de que o presidente Lula indique seu escolhido à Suprema Corte até esta terça-feira (21), antes de viagem oficial à Malásia, onde poderá se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O esforço é para que a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) seja marcada para novembro. Hoje, as resistências na base aliada a Messias estão no PSD e no União Brasil, que apoiam o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O governo petista, no entanto, considera que é possível diminuí-las, sobretudo com um eventual aceno do presidente de que Pacheco pode ser escolhido em uma futura vaga, caso Lula seja reeleito.

Na oposição, a aposta do governo federal é de que é possível conseguir votos no Podemos e no Republicanos, sobretudo pelo perfil evangélico de Messias, que tem o respaldo de parcela da bancada evangélica.