Um ano após o sequestro e assassinato do jovem jogador de futebol Thiago Oseias Tavares da Silva, de 18 anos, sua mãe, Rosa Marques, acompanhou, por videoconferência, nesta quarta-feira (23), a audiência de instrução contra três suspeitos pelo crime.
Convocada como testemunha, Rosa afirmou confiar na atuação do Judiciário: “Chegou o momento que a gente tanto esperou, esse momento do julgamento. Eu peço a Deus que a justiça de Deus seja feita nesse momento”.
Thiago havia desembarcado em Rio Branco duas semanas antes para assinar contrato com o Santa Cruz do Acre. Na véspera da assinatura, durante uma festa, foi levado por criminosos e executado. Segundo as investigações iniciais, o crime pode ter sido motivado por “erro de alvo”: uma foto do atleta fazendo o sinal de “V” no celular foi interpretada como intimidação a uma facção rival.
Natural da comunidade UR‑7/Várzea, Thiago sonhava em crescer no futebol e ajudar a família com renda extra. Emocionada, dona Rosa recordou as promessas do filho: “Não sai da minha mente ele dizendo: ‘Mainha, eu vou ajudar a senhora’. E isso mexe muito comigo, porque eu sempre dizia a ele: ‘Um dia você vai realizar o seu sonho’. Ele disse: ‘Eu tô indo, mas não se preocupe’.”
Nos próximos dias, defesa e Ministério Público apresentarão provas e testemunhas para elucidar as circunstâncias do crime e identificar os possíveis mandantes. Familiares esperam que o julgamento, além de apontar responsabilidades, resulte em reparação moral e amparo legal após um ano de espera.
Fonte: Contilnet