A ação tem como foco o combate a atividades ilegais, principalmente a criação irregular de gado, apontada como a principal responsável pelo avanço do desmatamento na reserva — atualmente a mais desmatada entre todas as unidades federais de conservação do país.

A operação conta com apoio de diversos órgãos, incluindo a Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército Brasileiro, Ministério Público Federal, IDAF e Batalhão de Policiamento Ambiental do Acre (BPA). Segundo Marina, o objetivo é retirar bovinos de áreas embargadas e de ocupações ilegais que desrespeitam o plano de manejo da unidade de conservação.

Marina destacou que as ações têm sido alvo de ataques e desinformação, especialmente contra o líder extrativista Raimundo Mendes de Barros, conhecido como Raimundão, primo do seringueiro Chico Mendes, símbolo da luta socioambiental no Brasil.

“Infelizmente, uma rede de desinformação e ataques vem sendo dirigida à honra e à família do Raimundão. Manifesto meu apoio e minha solidariedade a ele, sua família e a todos da comunidade”, escreveu a ministra em suas redes sociais.

Ela reforçou que as ações não são direcionadas às comunidades extrativistas regulares, legalmente reconhecidas e que atuam de forma sustentável, mas sim a grileiros e criadores de gado que têm avançado de forma ilegal sobre áreas protegidas, gerando conflitos sociais, degradação ambiental e aumento do desmatamento.

A ministra também informou que forças de segurança permanecem na região para garantir a integridade física de servidores públicos, lideranças locais e moradores ameaçados, como é o caso da família de Raimundão.