Desde o último domingo, 1º de junho, cerca de 300 pessoas iniciaram a ocupação de uma área pública no Bairro Remanso, em Cruzeiro do Sul, como parte de uma mobilização organizada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM). O grupo reivindica a destinação de terrenos públicos para habitação popular e cobra mais investimentos em políticas habitacionais por parte do poder público.
A ocupação ocorre em um terreno pertencente ao governo federal, conhecido como “Antigos Transmissores”, que está desocupado. Os participantes baseiam sua reivindicação em um decreto que prevê o uso de áreas da União para projetos de moradia popular.
“Estamos há oito anos lutando por moradias em Cruzeiro do Sul. O último programa habitacional promovido pelo Estado foi ainda na gestão de Binho Marques. Desde então, não houve nenhum novo projeto habitacional implementado”, afirmou José Maria, líder do movimento.
Além da área federal, parte dos ocupantes também se instalou em um terreno municipal, onde, segundo o MNLM, deveria ser executado um projeto de construção de 100 casas populares anunciado pela prefeitura. No entanto, a proposta não avançou por falta de liberação da Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento.
Diante do impasse, os ocupantes encaminharam um pedido formal ao superintendente do Patrimônio da União no Acre, Thiago Mourão, solicitando a regularização da área. O grupo também pretende abrir diálogo com o prefeito Zequinha Lima, em busca de alternativas que viabilizem o acesso à moradia digna para famílias em situação de vulnerabilidade.
Nos próximos dias, os integrantes do movimento devem intensificar a articulação política e social em busca de soluções concretas.
Fonte: Contilnet