O que é ludopatia, vício em jogos discutido em CPI que Virginia depôs

Foto com cor. Virginia Fonseca presta depoimento na CPI das Bets - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div></div></p>

Durante a CPI das Bets que, nesta terça-feira (13/5), recebeu a influenciadora Virginia Fonseca, os senadores discutiram o vício em jogos de azar, que faz muitas pessoas se endividarem para conseguir dinheiro para apostar. Apesar do assunto ter ganhado os holofotes recentemente, esse tipo de vício não é novidade, mas uma doença classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): a ludopatia.

Ela é uma condição médica caracterizada pelo desejo incontrolável de continuar jogando. Com os cassinos on-line e jogos de azar cada vez mais acessíveis, os especialistas acompanham o crescimento no número de pessoas que se enquadram no quadro.

Segundo o neuropedagogo Flávio Nunes, a ludopatia se configura como um transtorno aditivo, assemelhando-se em seus mecanismos cerebrais a outras dependências químicas e comportamentais.

Papel dos influenciadores

O profissional afirma que a atuação de influenciadores digitais na promoção de plataformas de apostas on-line merece uma análise cuidadosa sob a ótica da neurociência e do comportamento.

“A credibilidade e o alcance desses indivíduos podem amplificar a percepção de segurança e potencial de ganho, enquanto minimizam os riscos associados ao jogo patológico”, destaca. “A neurociência nos mostra como a repetição de estímulos e a influência social podem moldar as preferências e os comportamentos, especialmente em indivíduos com maior suscetibilidade à impulsividade e à busca por novidades.”

“A exposição a estímulos relacionados ao jogo, como os veiculados em plataformas on-line e promovidos por influenciadores, pode ativar o sistema de recompensa cerebral, liberando neurotransmissores como a dopamina, associada ao prazer e à motivação”, explica.

Flávio também acrescenta que o quadro é marcado pela perda de controle sobre o impulso de jogar, mesmo diante de consequências negativas significativas, como se endividar.

“Fatores psicológicos, como a busca por alívio de emoções negativas, a necessidade de excitação e crenças irracionais sobre a probabilidade de ganhar, desempenham um papel crucial no desenvolvimento e manutenção do transtorno”, salienta o profissional, acrescentando que a facilidade de acesso às plataformas de apostas on-line aliada à intensa publicidade e ao apelo social promovido por figuras influentes pode normalizar o comportamento de apostar e diminuir a percepção dos riscos.

Fonte: Metrópoles

Compartilhe

WhatsApp
Facebook
X
Threads
Telegram
Print
LinkedIn

Siga nossas Redes Sociais