‘
O cenário político local está fervendo. Cada movimentação, diálogo partidário ou declaração revela que 2026 não será tranquila, quem está cochilando, vai acordar no meio de tempestade.
Marcus Alexandre reaparece (ou tenta reaparecer) fora do radar
O ex‑prefeito Marcus Alexandre (MDB) surge em pesquisas internas em Rio Branco com força para disputar espaço no governo. Mesmo assim, ele insiste publicamente que não será nome ativo em 2026. É uma tática antiga: negar para não fornecer alvos e manter mobilizações discretas.
MDB balança (mas não cai): apoio? inexistente (ao menos publicamente)
Vagner Sales, presidente estadual do MDB, afirmou que o partido ainda não formalizou apoio a nenhum nome majoritário. “Não apoiar ninguém” parece confortável politicamente, mas é um tipo de postura que serve mais para observar quem se expõe primeiro do que para ser genuinamente neutra.
Senado vai virar ringue: “Briga de foice no escuro”
As duas cadeiras de senador despertam ansiedade. O que se avizinha é uma disputa com facadas nas costas, alianças volúveis, discursos que mudam conforme as conveniências. Alguns nomes vêm se fortalecendo com silêncio e estrutura; outros, com discursos agressivos ou promessas altas. Quem vacilar, perde.
Petecão contra a “PEC da Impunidade” de fato ou de ocasião?
O senador Sérgio Petecão (PSD) declarou voto contra a PEC que pretende conceder algum tipo de “escudo” legal para políticos acusados.
PT renasce? Ou entra em convulsão interna
O PT no Acre parece estar entre o passado glorioso e a busca por uma nova relevância. Ausência de lideranças com densidade eleitoral, disputas internas mal resolvidas e falta de clareza no discurso para reconquistar espaço.
Candidaturas confirmadas, expectativas e mistérios
A médica Jéssica Sales (MDB) teve sua candidatura ao Senado confirmada com apoio nacional e regional.
Há ainda rumores sobre o prefeito Tião Bocalom (PL) contemplar hipótese de disputar o governo, mas ele adota o “silêncio estratégico”, mesmo andando pelo Acre todo.
Eduardo Velloso (UNIÃO) desponta para o Senado, rasgando a dinastia de Márcio Bittar (PL) que o colocava como um dos principais puxadores de votos.
Ser ou não ser, eis a questão.
A política acreana vive o tônus de uma breve guerra política de bastidores. Nomes aparecem e desaparecem, discursos se moldam conforme ventos, alianças se costuram no escuro. Tudo isso com o verniz decadente da retórica de “novidade”.
Se há algo claro: quem dormir no ponto será levado pela corrente. E quem acha que 2026 vem com paciência vai acordar no meio do caos.