Recuperação judicial: ação da Azul desaba na B3 e fica abaixo de R$ 1

1 de 1 Imagem de painel da Bolsa de Valores Brasil - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Assim como ocorreu no pré-mercado dos Estados Unidos, as ações da Azul negociadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3) começaram o pregão desta quarta-feira (28/5) operando em queda livre.

Os papéis da companhia aérea, uma das três principais do setor no país, sofrem forte pressão após o anúncio de que a Azul entrou com um pedido de recuperação judicial nos EUA.


O que aconteceu

  • Na abertura do pregão, nesta manhã, os papéis da Azul chegaram a desabar cerca de 12% na mínima até aqui, negociados abaixo de R$ 1. Nos minutos seguintes, as perdas foram amenizadas.
  • Por volta das 10h45 (pelo horário de Brasília), a ação preferencial da Azul recuava 1,87%, cotada a R$ 1,05.
  • A Azul recorreu ao “Chapter 11” – mecanismo jurídico nos EUA que permite a reorganização de dívidas de empresas em dificuldades financeiras. O instrumento é semelhante ao da recuperação judicial no Brasil.

Recuperação judicial da Azul

De acordo com comunicado da Azul, o processo iniciado nos EUA “permite às empresas operar e atender seus públicos de interesse normalmente, enquanto trabalham nos bastidores para ajustar sua estrutura financeira”.

“A Azul pretende usar esse instrumento legal, comprovado e amplamente conhecido, para eliminar aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida total financiada, reduzir obrigações de arrendamento e otimizar sua frota, permitindo que a companhia saia do processo com mais flexibilidade e uma estrutura de negócios e de capital mais sustentável”, diz a companhia aérea.

Ainda segundo a Azul, o processo envolve US$ 1,6 bilhão em financiamento e deve eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas, o equivalente a cerca de R$ 11,2 bilhões, além de US$ 950 milhões em possíveis novos aportes de capital no momento de saída da recuperação judicial.

A empresa afirma também, que durante esse período, continuará operando normalmente, mantendo “compromissos com nossos públicos de interesse, incluindo continuar voando e fazendo reservas como de costume”.

“Com uma abordagem colaborativa e o apoio dos nossos parceiros, tomamos a decisão estratégica de iniciar uma reestruturação financeira voluntária com um movimento proativo para otimizar a nossa estrutura de capital – que foi sobrecarregada pela pandemia da Covid-19, turbulências macroeconômicas e por problemas na cadeia de suprimentos da aviação”, explicou o CEO da Azul, John Rodgerson.

Fonte: Metrópoles

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