O Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) anunciou que uma equipe técnica especializada deve chegar ao Acre nas próximas semanas para iniciar estudos voltados à construção de grandes reservatórios de água. A medida faz parte de um plano estratégico para garantir o abastecimento da capital em períodos de estiagem severa, como os registrados nos últimos anos.
Segundo o presidente do Saerb, Enoque Pereira, o projeto prevê a identificação de áreas viáveis para a implantação de reservatórios com capacidade de atender Rio Branco por até oito meses, mesmo em caso de colapso do Rio Acre. Para isso, será necessária uma área de mais de 300 hectares, com lâmina d’água de até 3 metros de profundidade.
“Não é qualquer açude que vai dar conta de Rio Branco. A estrutura precisa ser planejada com base em estudos técnicos rigorosos, e essa equipe vai nos orientar sobre a melhor localização e viabilidade do projeto”, explicou Pereira.
Quem revelou a informação foi Enoque Pereira/Foto: ContilNet
O presidente destacou que os reservatórios funcionariam como um “plano B” para abastecimento, com possibilidade de captação de água do Rio Acre durante os períodos de cheia, armazenando o recurso para uso posterior em períodos de seca.
O plano do Saerb também inclui parceria com a empresa pública Sanasa, de Campinas (SP), que está elaborando um diagnóstico completo da rede de distribuição de Rio Branco. A intenção é corrigir gargalos causados pelo crescimento urbano, que sobrecarregou sistemas projetados para atender um número muito menor de usuários.
Enoque Pereira reforçou ainda que o combate ao desperdício é fundamental para o equilíbrio do sistema. A partir de 7 de agosto, será obrigatória a instalação de boias nas caixas d’água das residências de Rio Branco. A medida busca reduzir perdas e contribuir para que o município alcance as metas do Marco Legal do Saneamento até 2033.
“O maior desafio hoje é estrutural e ambiental. Dependemos do comportamento do Rio Acre, que é internacional e sujeito a interferências fora do nosso controle, como a possível construção de uma represa na Bolívia. Por isso, precisamos agir com planejamento e antecipação”, afirmou o presidente do Saerb.
Fonte: Contilnet