Startup acreana desenvolve IA para identificar madeiras e ajudar no combate ao comércio ilegal

A pesquisadora acreana se tornou referência dentro de seu ramo/Foto: Assessoria

A WoodChat, startup 100% acreana fundada pela engenheira Fernanda Onofre, vem consolidando sua posição como referência global em tecnologia e sustentabilidade. Após se destacar no Web Summit 2024, o maior evento de tecnologia da Europa, realizado entre os dias 11 e 14 de novembro, em Lisboa, a empresa ganhou projeção internacional e acumulou prêmios e conquistas relevantes nos últimos meses.

A pesquisadora acreana se tornou referência dentro de seu ramo/Foto: Assessoria

A startup chamou a atenção ao apresentar uma solução pioneira baseada em inteligência artificial (IA) que permite a identificação de espécies de madeira da Amazônia via WhatsApp. A inovação rendeu visibilidade nos portais UOL, Yahoo News (versão em inglês), GloboNews e Euronews, além de destaque no Pavilhão Brasil durante o evento, com apoio do Sebrae Acre, Sebrae Nacional e ApexBrasil.

“A importância de vir nesse evento, saindo do Acre, é ganhar visibilidade profissional e apresentar a nossa tecnologia ao mundo. Era uma tecnologia que estava só no Norte, no Acre e no Amazonas, onde nasceu. Levar isso para outro país e receber essa visibilidade em jornais internacionais é um impacto enorme pra gente”, afirmou Fernanda Onofre.

A WoodChat é pioneira no uso de IA para identificação botânica por meio da análise do corte transversal da madeira, onde está o “DNA” da árvore. A startup desenvolveu duas ferramentas principais: o Wood Chat (Violeta), um assistente virtual no WhatsApp que oferece conteúdo educativo e identificação de espécies, e o Wood Vision, uma plataforma web no modelo SaaS (Software as a Service) que utiliza visão computacional para reconhecer até 500 toras por dia com alta precisão.

Verificada pela API do Meta, a tecnologia da WoodChat apresenta 75% mais precisão em relação aos métodos tradicionais. A solução é voltada para compradores e certificadores da cadeia madeireira, promovendo rastreabilidade ambiental e ajudando no combate ao comércio ilegal de madeira.

Reconhecimento internacional e prêmios

Em fevereiro de 2025, a startup venceu o WhatsApp for Amazon Challenge, promovido pela Meta em parceria com o Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e a plataforma Turn.io. O prêmio incluiu R$ 250 mil, suporte técnico e um milhão de acessos mensais no WhatsApp durante um ano. A premiação reconheceu a WoodChat como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento sustentável e a preservação da Amazônia.

Outro marco de visibilidade foi o destaque da fundadora Fernanda Onofre em março de 2025 na Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, veiculada pela TV Globo, onde compartilhou como sua tecnologia tem transformado a identificação de madeira e fortalecido a sustentabilidade florestal.

A WoodChat também foi finalista em diversos programas de inovação e empreendedorismo, como o Capital Empreendedor, o InovAtiva de Impacto, e o Sinapse Bio, além de ter sido a primeira selecionada para o BNDES Garagem. Obteve ainda a maior nota do Brasil (100) no programa InovAtiva.

A start up ganhou holofotes dos Estados Unidos e Europa, que são grandes compradores de madeira brasileira/Foto: Assessoria

Expansão no Brasil e exterior

A startup já atua no Brasil e no exterior, especialmente na Europa e nos Estados Unidos — os dois maiores importadores de madeira amazônica. Com duas madeireiras acreanas utilizando a tecnologia para reforçar a legalidade e rastreabilidade da produção, a solução ganhou interesse internacional, principalmente de empresas europeias preocupadas com a conformidade ao Regulamento de Madeira da União Europeia (EUTR).

Para sustentar sua expansão, a WoodChat abriu vagas para voluntários, pesquisadores e especialistas em física da madeira, além de estar desenvolvendo o Wood Lab, um laboratório voltado à identificação de espécies, que deve impulsionar ainda mais a base de dados da empresa.

Tecnologia com propósito

“Representar o Acre como mulher, engenheira e empreendedora em um ecossistema majoritariamente masculino é um marco histórico. Mostrar que o Acre tem tecnologia, inovação e gente que faz acontecer é nossa missão. Não vim sozinha, vieram mais oito startups. Isso prova que o Acre tem muito a oferecer ao mundo”, destacou Fernanda.

Além de seus avanços tecnológicos, a WoodChat assume o compromisso de posicionar o Acre no cenário global da inovação e sustentabilidade. Com planos de expandir o banco de dados de espécies, atrair mais investidores e firmar parcerias estratégicas, a startup segue como um exemplo de impacto socioambiental e empreendedorismo feminino na Amazônia.

Fonte: Contilnet

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