Ainda sob o impacto de um ataque feroz de uma onça ao caseiro onça-pintada macho que devorou o ancião Jorge Ávalo, de 60 anos, numa fazenda no Pantanal do Mato Grosso do Sul, no mês passado, o Brasil assiste, impactado, o vídeo de um animal da mesma espécie e aparentemente do mesmo tamanho da que matou o caseiro, encarando pescadores durante uma travessia do Juruá, no interior do Acre. O pescador Manoel Medeiros, que expõe sua rotina de trabalho nas redes sociais, mostra que ficou cara a cara com o durante pescaria no Rio Juruá, que corta os estados do Acre a Amazonas.
O vídeo não tem data, mas é deste ano, época em que os rios amazônicos estão cheios a deste ano, quando o rio está cheio. O felino atravessava de uma margem a outra, quando percebeu a presença humana. “Tô tendo esse privilégio de fazer esse vídeo da onça atravessando o rio Juruá”, narra o pescador, identificado como Manuel Medeiros. Mas, logo em seguida, quando o animal se aproxima, o tom muda, “se afaste”, diz ele o pescador, visivelmente assustado.
Apesar de brava, a onça realmente se distancia e segue na travessia. O vídeo, gravado no começo do ano, viralizou nas redes sociais e acumula mais de 2,1 milhões de visualizações. O rio Juruá nasce no Peru e desagua no rio Solimões, tendo um percurso de aproximadamente 3000 km.
Já a Onça-pintada, o tipo que devorou o caseiro no Pantanal e assustou o pescador no interior do Acre, são exímias nadadoras e capazes de percorrer longas distâncias na água. Há registros de onças-pintadas nadando até 10 km em uma única travessia. A intimidade com a água tem ligação direta com a dieta aquática que inclui jacarés, capivaras, peixes e até sucuris. A mordida forte é uma grande vantagem na água, permitindo que capturem presas com carapaças duras, como jacarés e tartarugas.
Fonte: Contilnet
